Caminhada diz não à privatização do Maracanã |
Cerca de 800 pessoas participaram hoje de manhã do
protesto contra a concessão do Maracanã -- cujo projeto prevê a demolição da
Escola municipal Friedenreich, do parque aquático Júlio Delamare, do estádio
Célio de Barros e da casa do marechal Rondon, onde funcionou o Museu do Índio e
onde vivem hoje indígenas. O movimento é coordenado pelo Comitê Popular da Copa
e das Olimpíadas. Participaram do ato os vereadores Renato Cinco e Sônia
Rabello, e os deputados Marcelo Freixo (foto abaixo), Alessandro Molon (federal),
e Clarissa Garotinho, que propôs na Alerj um plebiscito para a população
decidir sobre o destino do Maracanã. O ato foi chamado de "O Maraca é
nosso".
Com apoio de apenas um trio elétrico -- em claro
contraste com a manifestação "Veta, Dilma", ocorrida esta semana, que
tinha dezenas de trios elétricos -- a caminhada teve início na Praça Saens Peña
e terminou em frente à estátua de Belini, que fica na entrada principal do
Estádio Mário Filho, que está em obras para a Copa de 2014. O protesto prejudicou
o trânsito nas imediações do Maracanã.
O deputado Marcelo Freixo -- que esteve em manifestação
no mesmo local, na véspera da eleição para prefeito --- disse que a sociedade
precisa se mobilizar contra o projeto de privatização do Maracanã, que segundo
ele vai beneficiar os mesmos, contra os interesses da maioria das pessoas. Mães
de alunos da escola municipal manifestaram sua tristeza com a ameaça de
demolição do colégio, considerado um dos quatro melhores da cidade, há 53 anos
no local. O nome da escola é uma homenagem a um artilheiro da década de 30.
Segundo os pais de alunos, o Estado mentiu ao Ministério Público, ao dizer que
a escola não seria demolida e logo depois anunciou que publicaria um edital de
licitações, que previa a destruição do prédio. O Ministério Público entrou com
ação civil pública exigindo que o governo do estado dialogue com os
representantes dos alunos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário