Luis Salém |
Após ser acusado de racismo, o ator Luis
Salém resolveu
escrever uma carta em sua página no Facebook explicando o que
aconteceu no último dia 9 de dezembro.
Leia a carta na íntegra:
"Então vamos lá!
Meus amigos me perguntam por
que fico calado neste momento em que sou acusado de preconceito racial. Estão
chocados e incrédulos com tal acontecimento, por me conhecerem e saberem que
posturas de intolerância não combinam com minha personalidade e minha história.
Pois bem. No domingo, dia 9
de dezembro, fui com amigos ao ensaio técnico na Marquês de Sapucaí, para me
divertir e celebrar a abertura da temporada do carnaval carioca.
Sou assim, ansioso pela
folia, apaixonado pelo samba, encantado com a mistura deste caldeirão multi
racial que desfila glorioso e orgulhoso na avenida. Sou parte deste caldeirão e
me orgulho de ser livre de qualquer preconceito.
Na saída do Sambódromo, fomos
tomar a saideira num bar, esquina de Presidente Vargas com Santana e, ao
chegarmos, avistei um grupo de negros lindos, interessantes que me chamou a
atenção. Quem me conhece sabe que sou encantado com a cultura, postura e beleza
da raça.
Infelizmente, ao me aproximar
do grupo, fui mal interpretado ao perguntar, de forma simpática e amigável, se
aquilo era um quilombo. A expressão quilombo, que considero amistosa, e foi por
mim utilizada com o fim de aproximação, e não de ofensa, foi mal compreendida,
e a resposta do grupo, a mim dirigida, esta sim foi ofensiva e discriminatória,
o que gerou um conflito entre nós, com ânimos exaltados.
Afirmo, contudo, que o meu
desejo neste momento é esclarecer os acontecimentos, não só com as autoridades,
mas, também, com este grupo.
E quero deixar claro para
todos os meus amigos, fãs, parceiros de samba, foliões baianos e cariocas, que
tudo realmente não passou de um super mal entendido. Tenho fé que tudo será
esclarecido.
Um grande beijo a todos
aqueles que me apoiam neste momento e na certeza de que estaremos juntos em
breve, na quadra, na avenida ou no terreiro, para festejar a diversidade e a
igualdade!".
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