O Blog da Revista Estreia publica na íntegra, a entrevista concedida pela atual mulher de Carlinhos Cachoeira, dada ao site do jornal A Redação. Leia a seguir...
A repórter Marina Morena, do jornal A Redação, esteve na manhã da sexta-feira (6/4) com Andressa Mendonça, 30 anos, companheira há oito meses do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso dia 29 de fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Desde o segundo dia após a prisão do marido, Andressa mudou-se da residência onde vivia com o empresário, a polêmica casa que foi do governador Marconi Perillo, no Alphaville Ipês, e está vivendo em outra, alugada no mesmo condomínio, na capital goiana. Andressa concedeu entrevista exclusiva ao AR e contou como estão sendo os dias com a prisão do marido e as visitas semanais que faz a ele no Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró (RN). Além disso, a empresária franqueada da loja de roupas íntimas Valisère comentou sobre o casamento oficial com Carlinhos, que está planejado para maio deste ano, e sobre polêmicas com políticos goianos que a prisão de Carlinhos Cachoeira gerou.
Andressa Mendonça/Reprodução |
A Redação – Qual a situação de Cachoeira na prisão?
Andressa – O presídio de Mossoró é um modelo de penitenciária, que deveria, inclusive, ser adotado no país todo. Lá não existe superlotação e o Carlinhos fica em uma cela individual, com alimentação balanceada, banho de sol e, apesar de ficar mais de vinte horas trancado direto, para um presidiário, ele tem sido tratado com dignidade. Mas ele não deveria estar lá, porque ele não matou ninguém, ele não é traficante, não praticou nenhum crime hediondo e não foi condenado pela justiça ainda. Quero deixar claro também que ele não é bicheiro, como as pessoas dizem. Mas eu e toda a família dele estamos confiantes que logo vai sair o Habeas corpus e ele vai sair de lá. Ele está forte, se mantém confiante e eu tento passar o mesmo para ele.
AR – Com que frequência o visita?
Andressa – Eu o visito todas as quintas-feiras. Saio de Goiânia de avião, vou até Natal e depois sigo o restante da viagem de carro (270 Km). Fico com ele três horas e depois venho embora.
AR – Quantas pessoas são permitidas na visita? As visitas íntimas são permitidas?
Andressa – Podem entrar três pessoas. Às vezes vou sozinha, às vezes os irmãos dele vão comigo. As visitas íntimas são permitidas sim, mas nós temos aproveitado o tempo pra falar sobre o processo e discutir sobre o que está sendo falado.
AR – Como é o relacionamento de vocês?
Andressa – É maravilhoso, é uma vida tranqüila. O Carlinhos é uma pessoa que, em oito meses em que nós estamos juntos, ele chega todos os dias em casa às seis horas da tarde, almoça com a família. Ele não é de ir pra bar ou restaurante. Ele não bebe na rua, ele é extremamente responsável com a família, com meus filhos e com os três dele. Ele é muito comprometido com a família. Nós já tínhamos marcado nosso casamento para maio e vamos manter a data, independente de onde ele estiver, porque eu tenho certeza que ainda vamos ser muito felizes.
"Já tínhamos marcado nosso casamento para maio e vamos
manter a data, independente de onde ele estiver"
manter a data, independente de onde ele estiver"
AR – Cachoeira era um homem com diversos amigos, circulava na alta sociedade goiana e agora é um prisioneiro, acusado de contravenção. Quem é Carlos Augusto de Almeida Ramos?
Andressa – É um homem bem humorado, uma pessoa muito carinhosa, inclusive com meus filhos (dois meninos que Andressa tem do primeiro casamento), generoso, desprendido, uma pessoa que antes de pensar nele, pensa primeiro nos outros. Extremamente caridoso, já fez inúmeras doações para igrejas e abrigos. Esse é o Carlinhos que as pessoas precisam conhecer. Ele é um excelente pai, irmão, marido, amigo. Eu nunca conheci uma pessoa como ele. Não é nenhum monstro, criminoso, nunca matou ninguém, no processo dele não há uma denúncia de tráfico de drogas ou armas, ou qualquer maldade que ele possa ter feito com alguém.
AR – Você acha que algumas pessoas se afastaram de vocês depois da prisão do Cachoeira, já que muitos estão alegando nunca terem tido envolvimento com ele?
Andressa – As pessoas que eram próximas continuam próximas e dando o maior apoio. O Carlinhos tem muitos amigos que mandam mensagens de solidariedade. É claro que em circunstâncias como esta, sempre vai haver aqueles que mostram a verdadeira face e a gente tem que saber separar o joio do trigo. Mas isso é indiferente pra gente.
Andressa – As pessoas que eram próximas continuam próximas e dando o maior apoio. O Carlinhos tem muitos amigos que mandam mensagens de solidariedade. É claro que em circunstâncias como esta, sempre vai haver aqueles que mostram a verdadeira face e a gente tem que saber separar o joio do trigo. Mas isso é indiferente pra gente.
AR – A casa que vocês moravam, afinal, foi comprada do governador Marconi ? Qual é a relação do Cachoeira com o governador?
Andressa – Não, aquela casa nem é do Carlinhos. Quando eu me separei do meu ex-marido (o secretário de Infraestrutura do Estado, Wilder de Morais), um amigo meu pediu aquela casa emprestada para o dono dela, que é um empresário, para que eu fosse morar lá. Logo depois o Carlinhos foi morar comigo lá, nós alugamos a casa. Eu desconheço relacionamento do Carlinhos com o Marconi. Os dois nunca foram amigos, eu nunca vi os dois juntos.
"Eu desconheço relacionamento do Carlinhos com o Marconi.
Os dois nunca foram amigos, eu nunca vi os dois juntos"
Os dois nunca foram amigos, eu nunca vi os dois juntos"
AR – Você disse que considera a sociedade brasileira hipócrita por condenar seu marido, por quê?
Andressa – Veja bem, meu marido está preso acusado de praticar um crime, no lugar de pessoas que praticam crimes de verdade. Tem gente roubando dinheiro público que a mídia nem dá destaque, essas pessoas nem são presas, porque o foco agora é o Carlinhos. No mundo todo, há poucos países onde os jogos são ilegais. Conheço aqui e o Iraque. As pessoas precisam entender que legalizar o jogo no Brasil significa geração de renda e empregos formais. Nós estamos perto de sediar uma Copa do Mundo e os turistas vão ficar atravessando a fronteira do Brasil com o Paraguai ou com a Argentina pra frequentar os cassinos de lá. Enquanto que aqui nós poderíamos ter um desenvolvimento extraordinário na área do turismo, da hotelaria e de circuitos de shows internacionais. Mas o governo quer que o lucro de jogos fique todo pra ele. Por isso mantém as loterias da Caixa Econômica Federal e proíbe que empresários tenham seus próprios negócios. Nossos próprios políticos, senadores, deputados e governadores estão o tempo todo à procura dos cassinos no exterior, seja em Las Vegas, nos navios ou nos países vizinhos do Brasil. Não dá pra entender esse jogo de hipocrisia. Saiu no Fantástico (programa da rede Globo), há poucos dias, uma reportagem sobre vários bingos ativos em São Paulo, inclusive na nobre região de Alphaville. Essa matéria não teve nenhuma repercussão. Hoje, no Brasil, em todas as cidades, os bingos existem e estão funcionando normalmente, inclusive em Brasilia. Por que não liberar e gerar empregos formais e impostos para o governo? Aqui em Goiânia o jornal O Popular fez uma reportagem mostrando algumas casas de bingo funcionando normalmente em bairros nobres. O Carlinhos é acusado de ser o dono, mas ele está preso. Onde estão os verdadeiros donos dessas máquinas? Queremos que a polícia investigue. O comentarista da Rede Record, Helder Caldeira, fez um discurso sobre a legalização dos bingos também, na televisão, vale a pena assistir e entender essa situação.
"Nossos próprios políticos, senadores, deputados e governadores estão o tempo todo à procura
dos cassinos no exterior, seja em Las Vegas, nos navios ou nos países vizinhos do Brasil"
dos cassinos no exterior, seja em Las Vegas, nos navios ou nos países vizinhos do Brasil"
AR – O senador Demóstenes Torres alegou que recebeu presentes do Cachoeira porque você é amiga da esposa dele, a Flávia. Você confirma isso?
Andressa – Eu sou amiga da Flávia e a cozinha que nós demos para ela e o Demóstenes foi um presente que eu já tinha prometido pra ela, antes de eles se casarem.
AR – Como está sua situação? Vocês tiveram seus bens bloqueados?
Andressa – Está tudo bloqueado sim. Mas eu sou empresária e consigo levar minha vida normalmente. Estou procurando viver normalmente, apesar de tudo. Levo meus filhos para a escola, continuo frequentando os mesmos lugares e trabalhando. Eu tenho certeza que essa situação é passageira.
FONTE: SITE A REDAÇÃO
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