Um estudo realizado pelos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, afirma que 97% das mulheres já foram vítimas de assédio em meios de transporte. Para aumentar a sensação de segurança desse público específico, considerado de maior vulnerabilidade, Goiânia e Aparecida de Goiânia terão um aplicativo de transportes voltado exclusivamente para o gênero feminino.
Trata-se do Lady Driver, presente em cerca de 100 cidades do país. Antes mesmo do lançamento em Goiás, o aplicativo já conta com 200 motoristas cadastradas. O processo seletivo, que vem sendo realizado, segue aberto mesmo depois do início das atividades. Lembrando que somente mulheres podem se cadastrar, seja para dirigir ou solicitar corridas.
Para ingressar na plataforma, a motorista precisa baixar o app Lady Go Driver, disponível no sistema Android e IOS, enviar toda a documentação necessária e aguardar aprovação. Entre os critérios básicos, é necessário que o automóvel tenha, no máximo, oito anos de fabricação, além de quatro portas, ar condicionado e documentos como IPVA e licenciamento em dia.
A embaixadora da empresa em Goiás, Silvyê Alves (Deputada Federal e Jornalista), foi escolhida pelo franqueado da plataforma, José Alberto Pereira, por ter voz ativa na causa da segurança da mulher.
Vale reforçar que homens só poderão utilizar o serviço se estiverem acompanhados de alguma mulher, responsável por solicitar a corrida.
Além de agendar corridas para elas mesmas, as mulheres vão poder deixar marcado o transporte dos filhos para a escola, dos pais para uma consulta médica ou qualquer outro tipo de deslocamento. Não é preciso que ela vá junto. Outra questão importante: homens podem utilizar o serviço da Lady Driver se estiverem acompanhando a usuária, mas não é permitido homens solicitantes, nem motoristas.
Além das mulheres, o aplicativo conta com dois serviços adicionais: Lady Kiddos, para pedir corridas para crianças e adolescentes, e Lady Care, para pessoas acima de 65 anos.
Disponível para os sistemas Android e iOS, a Lady Driver iniciou suas operações no Brasil em 2017 e, atualmente, está presente em cerca de 100 cidades do país, todas com mais de 30 mil habitantes, e já conta com cerca de 85 mil motoristas mulheres especializadas.
A ideia surgiu após a CEO Gabryella Correa sofrer assédio de um motorista de app em São Paulo. Inconformada com a situação e relatos de outras mulheres, ela teve a ideia de criar um aplicativo de mobilidade urbana exclusivo para o sexo feminino.
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