“É muito mais inspirador não ir a lugares do que ir”, disse Karl Lagerfeld após apresentação da coleção Pré Fall 2012 Chanel, terça-feira, dia 6. Desculpe Mr. Lagerfeld, mas eu discordo ainda mais se tratando da Índia, país que serviu de inspiração na criação da coleção e que possui milhares de coisas, lugares e materiais para conhecer de perto, além da cultura.
A Índia da Chanel não é a do Taj Mahal, dos Ganeshas e das oferendas ao Ganges, mas a descoberta desse país através do livro de Lady Amanda Harlech com seus registros fotográficos da Índia.
Um banquete foi organizado no Grand Palais, em Paris, para apresentar a coleção pré-inverno 2012/13 da Chanel. O desfile Métiers d’Arts que passava por ali, trazia a excelência artesanal da maison.
O tema da coleção foi “Paris-Bombay” – ou Mumbai, capital de um dos estados da Índia – por isso o excesso de jóias, piercings, tecidos ricos, cores vibrantes e ornamentos trabalhados nos mínimos detalhes que remetem ao país, além da maquiagem pesada e dos cabelos lisos repartidos no meio, tudo isso misturado aos tweeds e pérolas, clássicos da etiqueta Chanel.
Mas tudo que parece realmente indiano na coleção foi feito nos ateliês Chanel em Paris.
Saias drapeadas, brocados e rendas metalizados eram referências claras à inspiração.
Nos pés nada de salto alto, botas brancas rasteiras e cano longuíssimo foram tatuadas com henna e as botas cano baixo cobertas por lantejoulas douradas e pratas, as sandálias rasteiras traziam um pé de cada modelo. Já as bolsas eram trespassadas com espelhinhos nas alças ou clutch. Alguns modelos pareciam caixinhas de jóias que fecha com imã.
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