segunda-feira, 30 de maio de 2011

ANÁPOLIS: PAULO GUSTAVO APRESENTA O ESPETÁCULO 'HIPERATIVO' NO TEATRO MUNICIPAL

Após quatro anos em cartaz com uma peça vista por mais de 500 mil pessoas, o ator Paulo Gustavo retorna a cidade de Anápolis. Desta vez, não será "Minha mãe é uma peça", e sim com o espetáculo "Hiperativo", no Teatro Municipal de Anápolis, dia 5 de junho. 
Sob a direção de Fernando Caruso, "Hiperativo" é uma stand-up comedy, mas o ator não a vê como uma adesão sua à onda atual de stand-ups no Rio:
- Faço stand-up desde que nasci. Agora, só estou levando meu cotidiano ao palco - diz ele, que na primeira experiência em cinema, em "Divã", roubou a cena com só duas aparições, como o cabeleireiro René, tanto que essas duas únicas cenas foram para o trailer do longa. E atualmente pode ser visto na série da TV Globo, onde contracena com Lília Cabral.
De fato, é de cotidiano que o humor de Paulo Gustavo é feito. Não só porque as histórias que conta vêm da sua capacidade de observar as pessoas e a vida que o cercam, mas também porque o modo como ele as conta é mais engraçado quanto mais comezinho parece.
- Sou totalmente contra o riso pelo riso. Não gosto de comédia escrachada demais, nem de piada. Tem gente que é engraçadinho no bar e acha que, por isso, sabe fazer comédia. O humor vem, para mim, nas cenas do dia a dia. E, no palco, também procuro isso: descrevo, de modo sério, situações do cotidiano, e as pessoas riem - diz o niteroiense, de 31 anos de idade e seis de teatro profissional, filho de funcionários públicos e de uma família "de muito carinho e muita porrada".
A nova peça de Paulo Gustavo tem cinco blocos. No primeiro, ele fala das confusões por que já passou por não falar inglês direito. Numa, por exemplo, ele e a atriz Ingrid Guimarães, amigos, tentaram explicar numa loja em Nova York que eles só queriam comprar um edredom.
O segundo bloco mostra o ator discutindo seu complexo de patinho feio.
- Sempre achei que não sou bonito, ou que, por ser engraçado, chamo atenção mais pelo humor que pela beleza. Na peça, pergunto à plateia: "Tenho olho verde. Vocês estão vendo? Não, né? Viu, tô na merda". Na noite, do lado de um sarado de cabelo espetado, pareço um garçom - conta Paulo Gustavo, que no terceiro bloco demonstra a teoria de que ele é "para-raios de maluco". - Os malucos se reconhecem. Vêm atrás de mim tanto o agitado que nem eu quanto o maluco mudo, que gosta de mim porque falo por nós dois.
O quarto bloco é uma reunião de histórias sobre mãe que o ator tinha mas não incluiu em "Minha mãe é uma peça". E o quinto traz Paulo Gustavo exorcizando seu medo de avião:
- Só não dá tanto medo se vejo que tem artista importante, porque aí não cai. Uma vez, estava o Miguel Falabella. Deu uma garantida no voo. Numa outra, encontrei no avião a Fernanda Montenegro e pensei: "Nesse posso até pular".
Maiores informações: 62 3902-1252

Paulo Gustavo encena 'Hiperativo', em Anápolis, no dia 5 de junho
 FOTO: LEONARDO AVERSA

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