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sábado, 6 de março de 2021

FLORDELIS PODE IR A JÚRI POPULAR

O Ministério Público do Estado do Rio de Janei- ro (MP-RJ) apresentou as alegações finais no processo em que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) é acusada de ser a mandante do homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 na porta de casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). O MP-RJ pede à Justiça que submeta Flordelis e outros oito réus a júri popular. A 3a Vara Criminal de Niterói vai decidir se determina o júri ou toma outra providência. Segundo a denúncia, Flordelis foi responsável por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime e simular um latrocínio (roubo seguido de morte). A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia. O motivo do crime seria o fato de a vítima manter rigoroso controle das finanças familia- res e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegia- do das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família. Durante o processo foram realizadas seis audiências, nas quais foram ouvidas aproximadamente 30 testemunhas e in- terrogados todos os acusados. O MP-RJ considerou ter “sólidos e veementes elementos” de prova e pediu que cinco pessoas sejam julgadas por homicídio triplamente qualificado: Flordelis, sua filha Simone dos Santos Rodrigues, sua filha afetiva Marzy Teixeira da Silva, sua neta Rayane dos Santos Oliveira e seu filho afetivo e ex-genro André Luiz de Oliveira. Os outros réus devem responder por outros crimes, que são conexos com o homicídio, e por isso o julgamento deve caber ao mesmo Tribunal do Júri, defende o MP-RJ Na manifestação final do MP-RJ, o promotor de Justiça Carlos Gustavo Coelho de Andrade, titular da Promotoria de Justiça junto à 3a Vara Criminal de Niterói - Tribunal do Júri, pediu que Flordelis, Simone, Marzy e André Luiz sejam julgadas pelo Tribunal do Júri também pela tentativa de homicídio da vítima por envenenamento, conduta supostamente praticada entre maio de 2018 e junho de 2019. Pediu, também, que Flordelis e seus filhos Adriano dos Santos Rodrigues e Flávio dos Santos Rodrigues, além de Marcos Siqueira Costa e sua esposa Andrea Santos Maia, sejam levados a júri popular em razão de crimes de uso de documento falso. Por fim, pediu que Flordelis, Simone, Marzy, André, Rayane, Flávio, Adriano, Marcos e Andrea respondam por associação criminosa armada. As condutas dos demais denunciados são descritas em diferentes etapas, como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídios anteriores ao fato consumado, pela administração de veneno na comida e na bebida da vítima, ao menos seis vezes, sem sucesso, segundo apontaram as investigações. Fonte: Jornal do Commercio

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