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domingo, 2 de dezembro de 2012

RIO: CAMINHADA DIZ NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ

Caminhada diz não à privatização do Maracanã
Cerca de 800 pessoas participaram hoje de manhã do protesto contra a concessão do Maracanã -- cujo projeto prevê a demolição da Escola municipal Friedenreich, do parque aquático Júlio Delamare, do estádio Célio de Barros e da casa do marechal Rondon, onde funcionou o Museu do Índio e onde vivem hoje indígenas. O movimento é coordenado pelo Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas. Participaram do ato os vereadores Renato Cinco e Sônia Rabello, e os deputados Marcelo Freixo (foto abaixo), Alessandro Molon (federal),  e Clarissa Garotinho, que propôs na Alerj um plebiscito para a população decidir sobre o destino do Maracanã. O ato foi chamado de "O Maraca é nosso".
Com apoio de apenas um trio elétrico -- em claro contraste com a manifestação "Veta, Dilma", ocorrida esta semana, que tinha dezenas de trios elétricos -- a caminhada teve início na Praça Saens Peña e terminou em frente à estátua de Belini, que fica na entrada principal do Estádio Mário Filho, que está em obras para a Copa de 2014. O protesto prejudicou o trânsito nas imediações do Maracanã.
O deputado Marcelo Freixo -- que esteve em manifestação no mesmo local, na véspera da eleição para prefeito --- disse que a sociedade precisa se mobilizar contra o projeto de privatização do Maracanã, que segundo ele vai beneficiar os mesmos, contra os interesses da maioria das pessoas. Mães de alunos da escola municipal manifestaram sua tristeza com a ameaça de demolição do colégio, considerado um dos quatro melhores da cidade, há 53 anos no local. O nome da escola é uma homenagem a um artilheiro da década de 30. Segundo os pais de alunos, o Estado mentiu ao Ministério Público, ao dizer que a escola não seria demolida e logo depois anunciou que publicaria um edital de licitações, que previa a destruição do prédio. O Ministério Público entrou com ação civil pública exigindo que o governo do estado dialogue com os representantes dos alunos.

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