segunda-feira, 11 de abril de 2011

GOIÂNIA: GOVERNADOR MARCONI PERILLO FAZ BALANÇO DOS 100 PRIMEIROS DIAS DE SEU GOVERNO

Marconi Perillo apresenta balanço dos 100 dias de Governo. Foto: Wagnas Cabral
Em balanço apresentado à imprensa sobre os 100 primeiros dias de governo, na presença dos secretários estaduais e presidentes de Agências, na manhã desta segunda-feira, 11 de abril, no Palácio Pedro Ludovico, o governador Marconi Perillo expôs também a nova logomarca do governo, com o slogan Governo de Goiás- A força do Coração do Brasil. Goiás é o primeiro estado a divulgar uma nova logomarca em 100 dias de administração. Marconi disse que ela representa o estado de espírito do atual governo, “sempre otimista, apesar das dificuldades”, e argumentou que o slogan mostra Goiás como um forte sustentáculo da alavancagem do desenvolvimento do Brasil.

O governador sintetizou os primeiros três meses de gestão em “dias de muito trabalho, apesar de todos os percalços”, e disse que as dificuldades “inimagináveis” que encontrou a cada instante converteram-se em energia para trabalhar. “Foram 100 dias de muita angústia, descobrindo um novo rombo a cada instante, um ato de desmando em cada gabinete, uma ação lesiva aos interesses do povo goiano em cada gaveta. Recebemos o Estado com uma dívida monstruosa de R$ 2 bilhões e 215 milhões. Mais da metade do funcionalismo sem receber seus salários. Obras paralisadas, estradas destruídas, irregularidades de toda sorte”, lembrou.

Todas as secretarias fizeram um balanço de como foram encontradas e como estão atualmente. O governador apresentou o resultado de cada secretaria em números, apontando dívidas, pagamentos já efetuados, e ações futuras. Antes mesmo de expor as informações, Marconi ressaltou que tem, junto aos secretários, plena confiança de que todos os compromissos assumidos em campanha eleitoral serão cumpridos. “Com paciência, faremos o melhor governo da vida dos goianos. Foram 100 dias de muito trabalho, com o pé no freio, para que possamos depois colocar o pé no acelerador no desenvolvimento sustentável do nosso Estado”, disse.

O governador explicou que para conseguir consolidar o Estado, de forma a equilibrar as contas e retomar o processo de investimentos, levará até o dia 31 de dezembro deste ano. “Vamos precisar do ano inteiro para garantir a retomada do processo de investimentos no nosso Estado. De qualquer maneira, continuo sendo um grande otimista, uma pessoa muito determinada e estou convencido de que os goianos não se arrependerão de terem escolhido esse governador pela terceira vez. E mais do que isso, nós vamos cumprir os nossos compromissos eleitorais ao longo dos quatro anos”, ressaltou.

Marconi afastou a ideia de que planeja aumentar a carga tributária para controlar a situação fiscal do Estado, e afirmou que manterá os cortes e gastos administrativos. “Recomendei um estudo para definir cotas de telefone para cada secretaria. Também defini uma estratégia com a Segplan para rever todos os contratos de aluguel de imóveis e veículos. Só com essas medidas, nós já vamos ter muita economia. Diminuir despesas correntes desnecessárias para termos condições de investir no que realmente é necessário. Não penso em aumento de impostos. O que era pra fazer já foi feito”, explicou.

Ele aproveitou para criticar governos anteriores, afirmando que houve um tempo em que governar era apenas fazer estradas. “Não há nada mais fácil do que fazer obras quando se tem dinheiro, porque basta fazer uma licitação decente e entregar a obra ao empreiteiro. O difícil é construir, a partir das ações do Governo, serviços de qualidade que ofereçam cidadania digna às pessoas”, afirmou.

Balanço

O primeiro órgão apresentado foi a Secretaria da Fazenda. Marconi falou sobre a situação em que a secretaria foi encontrada, com o salário do funcionalismo atrasado, R$ 340 milhões no mês de dezembro, conta centralizadora negativa em R$ 621 milhões e rombo global de R$ 2 bilhões e 215 milhões. Mostrou que nesses 100 dias o salário do funcionalismo foi pago, houve a criação do programa de recuperação de crédito – Recuperar -, e estruturação das Delegacias Fiscais do Estado. Para as próximas ações, destacou o pagamento de 100% do salário no mês trabalhado, buscar forte incremento da Receita, cumprir o ajuste fiscal pactuado com a União. Destacou a criação da Controladoria Geral do Estado, e apontou que existia uma estrutura ineficiente e insuficiente para a fiscalização.

Sobre a secretaria de Gestão e Planejamento, lembrou os concursos anulados pela justiça no governo anterior e destacou no atual governo a reforma administrativa com a implantação da meritocracia. Em relação à Secretaria da Saúde, Marconi realçou que recebeu o Hospital Santa Helena sem funcionar, uma rede de assistência hospitalar desabastecida, e aparelhos e equipamentos estragados. Apontou que nos 100 dias de gestão houve consideráveis avanços em projeto com Minas Gerais e Distrito Federal para atendimento no Entorno, a elaboração e a discussão do projeto do Centro de Recuperação para Dependentes Químicos (Credeq), e a mobilização contra a Dengue.

Quanto ao Ipasgo, sublinhou que recebeu o Instituto o atraso de R$ 300 milhões nas faturas de prestadores de serviços no governo anterior, déficit de R$ 7 milhões por mês na administração e prejuízo com cálculo na contribuição dos agregados. Assinalou que nesse governo já foram pagas mais de três faturas de 2010, dispensa de terceirizados, auditoria e controle de contas e maior rigor na admissão dos agregados.

Celg

Na entrevista coletiva, Marconi pediu aos partidos goianos que se unam em favor de uma solução para a Celg e demais demandas do Estado. Questionado sobre a atitude de parlamentares goianos que buscaram recentemente distorcer a imagem do governo diante do governo federal, Marconi disse que tem sentido da presidente Dilma Rousseff boa vontade em relação a Goiás.

“Não estou mais em campanha, já sou governador do Estado. Então, faço um apelo a todos os partidos que se unam a esse projeto em favor de Goiás. Qualquer retrocesso no governo significa retrocesso na vida dos goianos. Portanto, ações isoladas, com vistas a boicotar o governo é tiro no pé do nosso Estado. Goiás vive hoje um processo de altíssima credibilidade junto aos investidores nacionais. Os investidores estão nos procurando de novo para investir no Estado. Goiás é a bola da vez, a região Centro-Oeste é a bola da vez no Brasil; então precisamos nos unir em favor de Goiás”, exortou.

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